25/03/2015
Brasil tem crescimento de 7,6% na taxa de doação de órgãos em 2014
A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) divulgou os dados referentes a doação de órgãos no Brasil em 2014. O Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) mostrou que o país teve crescimento de 7,6% no número de doações, somando 2.713 doadores efetivos e 7.898 órgãos doados. O índice total na Região Sudeste foi de 1.387 doadores. As equipes no estado do Rio de Janeiro conseguiram concretizar 272 doações de órgãos, um crescimento de 20,8% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 225 captações, e quase 10% acima da meta prevista para o ano passado, que era de 250 doações.
Os transplantes renal e hepático seguem em contínuo crescimento desde 2007 e 2008, respectivamente, em todo o país. Em 2014, os procedimentos de rins aumentaram 3,5%, enquanto os de fígado registraram alta de 1,9%. O Rio de Janeiro também registrou crescimento: foram 188 cirurgias hepáticas e 468 renais.
Entretanto, a lista de espera continua reduzindo. Segundo o RBT, há algumas explicações para o fato, como por exemplo, a necessidade real ser menor que a estimada (90 pmp) ou os pacientes não estarem tendo acesso aos serviços de transplante. No Rio de Janeiro, vem sido registrada queda na fila por transplantes desde 2008. Em 2014, o estado teve diminuição de 70%. A espera por transplante de fígado foi a que mais caiu nesse período, com queda de 73%. Em seguida, as maiores quedas são nas filas por rim (70%) e córnea (65%).
Apesar do aumento, a falta de autorização para a realização dos transplantes ainda é alta. A chamada negativa familiar fechou 2014 com o índice de 46%, apenas 1% menos que em 2013. Ainda que o cenário geral do país não esteja na expectativa prevista, o estado do Rio conseguiu obter índices importantes nesta área. Em todo o ano, 57,5% das famílias em situações de morte encefálica disseram sim e ajudaram a renovar a vida de milhares de pessoas. Em 2013, o número de autorizações foi de 51,6%.
Vale ressaltar que a doação só pode ser concretizada através do consentimento da família. Por isso, é fundamental expressar o desejo para ela. Um único doador pode ajudar a salvar muitas vidas. Não é preciso deixar nenhum documento escrito, basta uma palavra de solidariedade. Diga sim!
