30/10/2017
PET participa do GeriatRio e médico fala sobre doação de órgãos em idosos
Dentre muitas dúvidas que surgem com relação à doação de órgãos, uma delas é sobre a idade do doador e do receptor. Na última sexta-feira, 27, o Programa Estadual de Transplantes, representado pelo médico geriatra Leandro Galdiano, participou do GeriatRio2017. O evento tem como objetivo proporcionar informações científicas atualizadas para os profissionais que atuam com os idosos.
Galdiano lembrou, durante a palestra, que o paradigma da idade contra indicando doação e recepção de órgãos já foi superado. Assim como inserir a população idosa no processo doação-transplante é uma alternativa real para aumentar a oferta de órgãos. O médico também apresentou estudos que comprovam que a expectativa de vida da população transplantada é muito próxima da expectativa de vida da população em geral, se comparada à população em tratamento de diálise, por exemplo.
“Muita gente acha que só jovem pode doar.. E esse pensamento ocorre tanto na população leiga como até mesmo no meio médico. Hoje em dia, a população está envelhecendo e cada vez mais pessoas idosas necessitam de órgãos, assim como podem se tornar doadoras. Qualquer paciente de qualquer idade deve ser avaliado se pode ser doador ou não. E uma das alternativas que se deve tomar para tentar aumentar a oferta de órgãos é incluir essa população como doadora.” – explica Galdiano, ressaltando também que, os pacientes idosos não devem sair do benefício do transplante apenas por serem mais velhos.
Em julho deste ano, foi realizado no Rio de Janeiro um transplante de fígado com o doador mais velho do país. O paciente tinha 89 anos e, após o diagnóstico de morte cerebral, a família autorizou a doação dos órgãos.