27/09/2017
Evento do PET celebra o Dia Nacional de Doação de Órgãos
FOTO: Maurício Bazílio/SES
Hoje, 27 de setembro, é o Dia Nacional de Doação de Órgãos. A equipe do Programa Estadual de Transplantes (PET) esteve presente, nesta manhã, no Hospital São Francisco na Providência de Deus, na Tijuca, para trazer em pauta a importância da conscientização da população quanto ao assunto.
O coordenador do PET, Dr. Gabriel Teixeira, falou sobre números e a logística que envolve todo o processo de doação de órgãos, desde a captação até o transplante. Dados divulgados pelo programa indicam que os números de doações vêm aumentando e que a previsão para este ano é que 2017 tenha o melhor saldo desde que o PET foi criado, em 2010.
“Por mais que os números venham aumentando é importante ressaltar que ainda temos um longo caminho a percorrer”, destacou o coordenador lembrando que “sem doação não há transplantes”.
Em seguida, o Responsável Técnico do Banco de Olhos do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Gustavo Bonfadini, falou sobre a evolução do transplante de córnea. Atualmente, é possível usar apenas células (e não a córnea inteira) na realização do procedimento. Outro fator importante é que para haver a doação de córneas não é necessário apenas que o doador tenha tido morte encefálica.
“Em 2009, antes da criação do PET, um paciente esperava cerca de 10 anos por um transplante de córnea. Atualmente, o tempo de espera é de oito meses”, disse Bonfadini, ressaltando que entre janeiro e agosto deste ano foram realizados 576 transplantes de córnea, superando os 575 procedimentos deste tipo feitos em todo o ano de 2016.
A assistente social do PET Patrícia Bueno também esteve presente no evento e falou sobre a importância do trabalho realizado pela equipe de Coordenação Familiar. A principal missão deste setor é acolher as famílias de forma humanizada, sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, além de contribuir para a qualificação dos profissionais de saúde.
“É nossa tarefa levar a informação para as famílias num momento tão difícil e falar sobre a doação de órgãos. Não decidimos por ninguém, apenas mostramos os caminhos, esclarecemos as dúvidas e a decisão fica por conta da família. Nosso trabalho é de conscientização e de acolhimento. Na maioria das vezes encontramos um ambiente inóspito, onde os familiares se encontram desamparados. Então, é como se a gente tentasse resgatá-los de alguma forma, sempre com muito cuidado, muito acolhimento e auxílio”, explicou.
Na ocasião, também foram homenageados os bombeiros que realizam o trabalho junto ao PET no transporte aéreo dos órgãos.