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01/06/2018

Ceratocone: saiba mais sobre a doença que é umas das principais causa de transplante de córnea


Ceratocone: saiba mais sobre a doença que é umas das principais causa de transplante de córnea

Visão borrada, embaçada e distorcida tanto para perto quanto para longe. Se você tem ou conhece alguém que tenha estes sintomas é bom ficar atento. Segundo Dr.Gustavo Bonfadini, Diretor Médico do Banco de Olhos do Rio de Janeiro, sintomas como visão borrada, imagens fantasmas, presença de halos noturnos, diplopia (visão dupla) ou poliopia (percepção de várias imagens de um mesmo objeto), halos em torno das luzes, fotofobia (sensibilidade excessiva à luz) e coceira excessiva podem ser sintomas de uma doença ocular chamada ceratocone.

O nome talvez você ainda não tenha ouvido, mas a doença é muito mais comum do que se imagina. “O ceratocone provoca afinamento e deformação da córnea, tornando-a pontuda em formato de cone, gerando diminuição da visão e distorção das imagens, por isso, muitas vezes é diagnosticado erroneamente como miopia ou astigmatismo irregular – distorção da imagem causada pela alteração da curvatura normal da córnea”, explica Bonfadini.

Segundo o médico, o ceratocone tem associação frequente com alergia e o prurido ocular pode ser o gatilho que desencadeia a doença. “A doença possui características genéticas porém pacientes que tem o habito crônico de coçar os olhos podem ter uma predisposição de desenvolver a doença. O ato de coçar os olhos está diretamente relacionado com a piora da doença”, explica.

Bonfadini conta que os pacientes costumam ficar assustados diante do diagnóstico. Talvez pelo fato de o ceratocone ser uma das principais causas de transplante de córnea no Brasil, mas ele destaca que, ao contrário do que se pensa comumente, a doença pode ser controlável e bem manuseada em suas diversas fases.

“As pessoas que possuem ceratocone não devem ficar apreensivas, pois geralmente são obtidos bons resultados com os vários tipos de abordagens”, ele diz, acrescentando que há alguns anos foi desenvolvida uma técnica cirúrgica que visa enrijecer a córnea e evitar que a doença piore.

Mas como acontece com muitas outras doenças, o diagnóstico precoce é muito importante. Este diagnóstico é realizado através do exame clinico com medico oftalmologista, topografia de córnea, paquimetria de córnea por exemplo.

Até há poucos anos o tratamento consistia na prescrição de óculos ou lentes de contato e quando estes métodos não mais surtiam efeito, o transplante de córnea era a única solução possível. Mas o surgimento da cirurgia chamada “cross-link” permite recuperar pacientes ainda nas fases iniciais, postergando ou eliminando a necessidade do transplante de córnea.

O transplante de córnea consiste na substituição da córnea opaca ou doente por uma córnea doada sadia, a fim de melhorar a sua visão ou corrigir defeitos oculares que ponham em risco a anatomia ou a função do olho. Pode ser substituída a espessura total (penetrante) ou parcial (lamelar). É um procedimento cirúrgico que pode ser realizado em caráter ambulatorial, não sendo necessária a hospitalização do paciente.

Mas, para evitar a necessidade deste procedimento, além de ficar atento a possíveis alterações e dificuldades na visão – que podem indicar não só ceratocone, mas outros problemas na córnea, o Dr. Gustavo Bonfadini diz: “se pudesse fazer uma recomendação seria de não coçar os olhos”.

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