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18/10/2018

Lista de espera: como funciona?


Lista de espera: como funciona?
A doação de órgãos, sempre fazemos questão de repetir, é um ato nobre, um gesto de amor que salva vidas. Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação. Por isso é tão importante falar, informar e desmitificar o assunto.

O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto. Falando assim pode parecer tão simples quanto simples, mas sabemos que não é.

Tanto a doação quanto o transplante envolve muitas dúvidas e uma delas é a lista de espera. Como afinal funciona esta lista? Antes de explicar, precisamos destacar que O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo.

Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde.

Lista de espera

Observação feita, vamos ao funcionamento da lista de espera de um transplante. Esta lista é única em todo o país e o sistema é informatizado. Cada órgão tem uma fila específica e, ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar, a ordem de inscrição não determina que o primeiro a se inscrever receberá o órgão antes do segundo e assim consecutivamente.

Como assim? Você pode se perguntar achando que talvez isso não pareça correto. Explicamos, é que são as condições médicas que definem a preferência. Entre estas condições está a compatibilidade dos grupos sanguíneos, o tempo de espera e a gravidade da doença. Na prática, isso significa que pacientes com maior risco de morte têm a preferência.

Para transplantes de fígado, por exemplo, o risco de morte é mensurado por um índice matemático chamado Model for End-stage Liver Disease, ou Meld (em português, Modelo para a Doença Hepática em Estágio Terminal, em uma tradução aproximada). O cálculo é feito com base nos exames laboratoriais do doente. Quanto maior for o resultado desse cálculo, mais à frente da lista o paciente é posicionado.

Já quem espera por um rim é posicionado na lista de acordo com a compatibilidade. Isso significa que os órgãos do doador passam por exames e uma análise genética completa e, após os resultados, são feitas análises comparativas com todos os pacientes. Os mais compatíveis ganham mais pontos, assim como o tempo de espera também é um fator determinante e condições médicas como diabetes, por exemplo, garantem maior pontuação. Cada vez que um rim é doado, um novo ranking é gerado.

É importante lembrar também que, apesar de a lista de espera ser única e nacional, as distribuições são regionalizadas, por questões de logística de transporte e o tempo de isquemia, ou seja, o prazo de duração que o órgão resiste sem irrigação fora do corpo. Isto é, primeiramente, o órgão do doador é viabilizado para um receptor do mesmo estado.

Outra ressalva importante diz respeito à condição financeira do paciente que precisa de um transplante. É errado acreditar que a condição financeira de um paciente influencia o lugar dele na lista de espera de um transplante. Todos têm direito às mesmas oportunidades.

Ligue 155 - disque transplante

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