16/03/2021
Primeiro transplante multivisceral é realizado no estado
Por Nayra Pacheco
O início de março ficou marcado pela primeira captação multivisceral para um único receptor no estado do Rio de Janeiro, realizada no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. Este tipo de transplante é de extrema complexidade e concedeu ao receptor três órgãos: fígado, pâncreas e intestino. Devido ao tempo de isquemia, ou seja, o tempo máximo que o órgão pode ficar fora do corpo, o bloco multivisceral foi transportado com o apoio da escolta da Polícia Militar. Isso porque, enquanto o fígado e o intestino podem ficar até oito horas fora do organismo, o pâncreas pode ficar somente até seis horas.
Todo o processo, desde o início do diagnóstico da morte encefálica até a autorização da família para a doação dos órgãos, durou seis horas.
"O transplante multivisceral é de um risco muito grande, afinal, um único paciente vai receber três órgãos. Além de que para ser doador multivisceral também é necessário respeitar vários critérios clínicos. Graças a Deus deu tudo certo e as informações são as de que o paciente receptor está passando bem", contou a Diretora Técnica do Programa Estadual de Transplantes, Ana Carolina Almeida.
Na ocasião, além do pâncreas, fígado e intestino, também foram captados o coração, os rins e as córneas.
