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04/04/2013

Hospital Estadual da Criança realiza o primeiro transplante



 O Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire, realizou nesta quarta-feira (3) o primeiro transplante da unidade. Ubiratan Tonaso doou parte do fígado para o filho Natan Tonaso, de 1 ano e um mês. Coordenado pelo médico Lúcio Pacheco, chefe do serviço de fígado da nova unidade, o procedimento duplo durou nove horas. Pai e filho passam bem.

- O pai está muito bem e deve deixar a UTI em breve. O menino já evoluiu de ontem para hoje dentro do esperado para um procedimento desta complexidade. Natan deve ficar pelo menos uma semana na UTI recebendo todos os cuidados – esclarece Lúcio Pacheco, que é também vice-presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

A família de Natan descobriu que ele era portador de atresia das vias biliares quando o menino tinha apenas dois meses de vida. Prematuro, Natan passou por cirurgia já aos 3 meses e, depois, algumas internações antes de descobrir que precisava de um transplante de fígado.

Ubiratan e Silvana Tonaso, pais de Natan, são moradores de Volta Redonda e se dispuseram a doar o fígado para o filho, mas o órgão do pai se mostrou mais compatível.

- Estou apreensivo com a minha cirurgia, mas ao mesmo tempo estou muito feliz por poder fazer isso por ele. Tive até que entrar na dieta para perder peso e poder operar, mas nada disso importa. Emagreci 11 quilos, estou apto e o que mais quero é ver meu filho saudável -, contou Ubiratan, antes da cirurgia.

A mãe ficou muito satisfeita por ter o transplante do filho agendado e se surpreendeu com a estrutura do Hospital Estadual da Criança.

- Que diferença! Esse hospital é lindo! Estamos cheios de esperança de vê-lo definitivamente curado - disse Silvana.

Outras três crianças já têm cirurgia agendada - O menino é uma das quatro crianças que fizeram as primeiras consultas para cirurgias de transplante pediátrico de fígado e já estão com transplante agendado.

Ministério da Saúde credencia a unidade - Inaugurado no dia 4 de março, o Hospital Estadual da Criança é a primeira unidade do Rio de Janeiro voltada para atendimento pediátrico. Em 28 de março, o hospital recebeu o credenciamento por parte do Sistema Nacional de Transplantes. Foi publicado no Diário Oficial da União a portaria 313, assinada pelo secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda, habilitando o Hospital Estadual da Criança a realizar transplantes de rim, fígado e músculo esquelético.

- Finalmente a população do Rio de Janeiro ganhou uma unidade com estrutura adequada para que as equipes realizem da melhor forma possível as cirurgias de transplante. A expectativa é que até o final do ano sejam realizados 20 transplantes de fígado e 20 transplantes de rim e o Hospital Estadual da Criança tem capacidade para suprir essa demanda e fazer ainda mais - disse o dr. Lúcio Pacheco, coordenador do serviço de transplante de fígado do Hospital da Criança.

Rim - Os pacientes e famílias que são candidatos a transplante de rim intervivo estão sendo selecionadas a partir do grupo que já é atendido no Hospital Federal de Bonsucesso para que, na próxima semana, sejam feitas as primeiras consultas. A coordenadora do serviço de transplante de rim é a médica Deise de Boni. Hoje há três crianças ativas inscritas na fila por um rim de doador falecido e o Hospital Estadual da Criança já está com equipe montada para realizar essa cirurgia assim que surgir um órgão compatível para um desses três pacientes.

Centro Estadual de Transplantes – Para incrementar o serviço e ajudar a resolver o problema da fila de transplantes no estado, a Secretaria de Estado de Saúde também inaugurou em 2013 o Centro Estadual de Transplantes. Funcionando no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, a unidade é a primeira do Estado voltada para transplantes de rim e fígado (futuramente também pâncreas) e conta com centro cirúrgico com cinco salas e aparelhos de ponta para realizar cirurgias de alta complexidade; nove leitos de UTI e ambulatório. O hospital atende pacientes adultos vindos de todo o Rio de Janeiro e a previsão é que sejam feitos 200 transplantes de rim e 100 transplantes de fígado no primeiro ano de funcionamento.

PET – Responsável por regular o sistema de transplantes no estado, o Programa Estadual de Transplantes atua na captação de órgãos, distribuição aos hospitais transplantadores respeitando a fila, aprimoramento da gestão técnica, subsídio às unidades de saúde e capacitação de profissionais. Ocupando a lanterna no país na área de doação de órgãos até 2010, o Rio de Janeiro registrou nos últimos dois anos o maior avanço nacional, pulando para a atual 3º posição no ranking. Em 2012, foram 221 doações de órgãos, quase o dobro do ano anterior. Em 2013 já foram 32 captações e 100 transplantes. A meta para este ano é superar 250 captações no total.

- A negativa familiar é o principal empecilho na doação. Por isso, é bom que a população saiba que o processo é confiável e transparente -, alega o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo.

Para comunicações e dúvidas sobre transplante, ligue 155.

Ligue 155 - disque transplante

Secretaria de saúde
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