02/05/2014
Prioridade no transporte aéreo de órgãos ajuda a salvar 35 vidas por dia em todo o país
O acordo firmado em dezembro de 2013 entre o Ministério da Saúde e as principais companhias aéreas nacionais, além dos órgãos de controle do espaço aéreo, tem alcançado resultados bastante expressivos. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), diariamente são salvas 35 vidas em todo o país. Apenas no ano passado, esse esforço conjunto teve um aumento de 136% na quantidade de voos destinados ao transporte de órgãos e tecidos para transplantes: em 2012, foram registrados 2.568 voos, subindo para 6.064 em 2013.
Uma equipe do Sistema Nacional de Transplante (SNT) permanece 24 horas por dia no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), localizado ao lado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. As aeronaves que transportam órgão têm prioridade para pousos e decolagens. Os operadores aeroportuários garantem também prioridade ao condutor do órgão e aos integrantes das equipes de captação e condução, nos procedimentos de inspeção de segurança e no acesso aos portões de embarque e desembarque.
Nos últimos meses, os resultados deste esforço de cooperação têm ficado cada vez mais evidentes. Segundo dados da Abear, aferidos no mês de fevereiro, o acordo resultou no deslocamento de 655 órgãos e tecidos, superando a média mensal de transportes do ano passado, de 559.
Esses números garantem ao Brasil o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo, mostrando que é possível criar um modelo bem-sucedido de negócio e construir um legado de maneira simultânea. A aviação comercial brasileira prova que, com planejamento e esforço mútuo, acordos com o setor público também são capazes de proporcionar verdadeiras revoluções em outros setores da sociedade.