14/05/2014
PET lança Manual do Paciente de Transplante de Córnea
Com a finalidade de aprimorar o transplante de córnea no Estado do Rio de Janeiro, o Programa Estadual de Transplantes lançou o Manual do Paciente de Transplante de Córnea. O documento tem por objetivo informar os processos de doação e transplante com doador falecido e esclarecer dúvidas sobre o tema.
Há duas opções para se inscrever na fila: através de um encaminhamento médico ou da própria procura do paciente. Em ambos os casos, uma equipe de transplantes credenciada ao Ministério da Saúde irá representá-lo e inscrevê-lo junto ao Sistema Informatizado de Gerenciamento (SIG), coordenado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Automaticamente, o paciente terá o Registro Geral de Cadastro Técnico (RGCT), um número que o identifica e fornece informações importantes, como a situação na lista de espera.
O critério de espera pelo transplante de córnea é cronológico, ou seja, quem foi inscrito antes será submetido ao procedimento primeiro. Além disso, a lista de espera é única por estado. Desta forma, o paciente só poderá estar inscrito na fila de um Estado. As centrais de transplante, que estão integradas ao Sistema Nacional de Transplante, são responsáveis pelo controle de todo o processo.
Durante o procedimento de distribuição de órgãos e tecidos algumas pessoas são classificadas como preferencial na lista, de acordo com a gravidade do quadro clínico do paciente. Segundo o médico oftalmologista Gustavo Bonfadini, diretor do Banco de Olhos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e coordenador da Câmara Técnica de Transplante de Córnea, situações como o olho perfurado, úlcera de córnea, retransplante após falência primária do enxerto, descementocele, receptor com menos de sete anos e opacidade corneana bilateral são critérios de prioridade para o transplante.
Após o transplante, o paciente é submetido a consultas periódicas pela equipe médica responsável pelo procedimento. De acordo com Bonfadini, é fundamental que o paciente realize o pós-operatório com o cirurgião transplantador e toda a equipe responsável pelo procedimento. Este acompanhamento tem por objetivo reabilitar a visão do paciente.
Transplante de córnea no Rio de Janeiro
Em 2013, foi inaugurado o segundo Banco de Olhos do Estado do Rio de Janeiro, no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) – o primeiro fica em Volta Redonda. O novo serviço ajudou que o estado batesse o recorde deste procedimento: foram realizadas 310 operações ao longo do ano.
Atualmente, seis hospitais realizam esse tipo de cirurgia no estado através do SUS: Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/Uerj), Hospital Universitário Antônio Pedro (UFF), Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSE), Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), Hospital Adventista Silvestre e Oftalmoclínica São Gonçalo.Para ser um doador, basta comunicar à família o seu desejo. Doar não custa nada para você, mas receber uma doação significa muito para quem está batalhando pela vida. Alguém, em algum lugar, agradecerá. Doe órgãos, doe vida!
Clique aqui para ter acesso ao Manual.