07/11/2016
Quero ser um doador: saiba mais sobre a doação de órgãos e tecidos
A doação de órgãos para o transplante é um ato de amor e solidariedade. Esse ato significa oferecer ao próximo uma esperança para recomeçar a vida com saúde. Para lhe ajudar a tomar a decisão, esclarecemos alguns pontos importantes da doação. Confira!
É possível doar órgãos e tecidos estando vivo?
A legislação brasileira só permite a doação entre vivos para cônjuge ou parentes de até 4º grau (pais, irmãos, netos, avós, tios, sobrinhos e primos). Caso a doação seja para pessoas de parentesco mais distante ou sem relação consanguínea, a doação depende de uma autorização judicial.
Doadores vivos precisam ter boas condições de saúde e compatibilidade sanguínea com o receptor, somente sendo possível doar órgãos duplos, como o rim, uma parte do fígado, parte do pâncreas ou do pulmão, ou um tecido, como a medula óssea.
Existe algum documento para autorizar a doação de órgãos após o falecimento?
Não existe nenhum documento oficial que autorize a doação após a morte. Para que a doação seja realizada, é necessário a autorização familiar. Por isso, é de extrema importância que se converse com a família sobre o tema. Você também pode fazer um cadastro no Doe+Vida. Com a campanha do Programa Estadual de Transplantes as pessoas que querem se declarar doadoras podem registrar este desejo virtualmente. No site www.doemaisvida.com.br é possível se registrar no Cadastro Estadual de Doadores de Órgãos. Ao se cadastrar é possível compartilhar esta vontade com seus familiares.
Como minha família saberá sobre a possibilidade da doação de órgãos e tecidos?
Após a confirmação da morte encefálica, a equipe médica conversará com a família sobre essa possibilidade. Caso concordem com a doação, os familiares serão convidados a assinar os documentos necessários ao processo. Para os maiores de 18 anos, é necessária a assinatura do cônjuge ou de um parente até 2º grau – pai, mãe, filho(a), avó(ô), neto(a), irmão(ã) – e a presença de pelo menos uma dessas pessoas para autorizar a doação. Já no caso de menores de 18 anos, é necessária a assinatura da mãe e do pai ou do responsável legal pelo menor. Na ausência de um deles, a autorização pode ser dada somente com autorização judicial.
Como fica o corpo do doador após a retirada de órgãos e tecidos?
Não ocorre qualquer deformidade após a doação. Depois de retirar órgãos e tecidos, são colocadas próteses e o corpo do doador é recomposto, sobrando apenas os pontos no local operado. O processo não impede a realização de um velório habitual.
A doação de órgãos e tecidos é um tema importante, que precisa ser divulgado no Brasil. Se você deseja ser doador, compartilhe esta ideia com seus amigos e familiares, faça parte dessa rede que ajuda a salvar vidas. Você é essencial para a conscientização da sociedade em que vive!