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27/03/2017

Coordenação Familiar: informação, respeito e acolhimento em um momento de dor



Quando o protocolo da morte encefálica é fechado, ou seja, quando termina a realização dos exames que confirmam o quadro irreversível de todas as funções cerebrais, é hora de conversar com a família do possível doador. Um momento doloroso e triste. Afinal, dar adeus a um ente querido não é fácil. Então, entra em ação a equipe de Coordenação Familiar, do Programa Estadual de Transplantes (PET) que acolhe e contribui para a sensibilização das famílias durante todo o processo de doação.

“Nós trabalhamos de acordo com as missões do PET e uma delas é conscientizar a sociedade sobre a doação de órgãos, tratando as famílias com todo o respeito, dando autonomia e estando disponível para qualquer dúvida”, explica a responsável pela Coordenação Familiar do PET, Patrícia Bueno.

São duas equipes que compõem a Coordenação Familiar: uma trabalha diretamente no plantão com as demandas imediatas, fazendo entrevistas, indo aos hospitais e ao plantão judiciário quando necessário. A outra trabalha com a questão da educação e conscientização que envolve os projetos “Doe mais Vida”, o “Mural da Vida” e as palestras. Estas realizadas em empresas e escolas.

“Não tem como a Coordenação Familiar dar conta sozinha do estado inteiro, então, temos ajuda das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) e as Comissões Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes que estão dentro dos hospitais. Quando somos solicitados, oferecemos treinamentos que são voltados para a melhoria da comunicação de más notícias e entrevistas familiares”, diz Bueno.

Os treinamentos realizados pela Coordenação Familiar procuram desenvolver toda a questão da empatia, além de mostrar como as famílias estão vulneráveis e com medo de receber uma notícia ruim. Para isso, são realizadas simulações realísticas com situações que podem acontecer no dia a dia. Assim, é possível treinar e avaliar a postura do profissional em treinamento, o tom de voz e o local escolhido para realizar a entrevista familiar. Sempre seguindo técnicas para que o momento seja o mais acolhedor possível.

“Nós somos honestos, transparentes e quando percebermos que a família entendeu a situação oferecemos o direito dela de optar ou não pela doação de órgãos”, conta.

É importante lembrar que as equipes que fazem a entrevista familiar só conversam sobre o assunto quando o protocolo de morte encefálica está fechado. Ou seja, ainda que a família do paciente já demonstre a opção pela doação antes mesmo da confirmação legal da morte encefálica, não há como falar sobre o assunto com a Coordenação Familiar.

“É uma questão de ética, obediência à lei e, principalmente, respeito pelo paciente que, legalmente, ainda está vivo”, explica Bueno.

Por lei, família que opta pela doação de órgãos, deve passar pela entrevista familiar com as equipes responsáveis. É neste momento que a documentação é preenchida com a presença de testemunhas e a família escolhe os órgãos que serão doados, bem como autorizam ou não disponibilizar os órgãos para outro estado, caso não haja receptor compatível no Rio de Janeiro.

“É lógico que a gente quer salvar vidas e aumentar o número de transplantes, mas o nosso foco principal é dar suporte às famílias. A gente quer passar as informações corretas para que elas tomem a decisão, para que elas tenham essa autonomia de escolha. E se a escolha for pela doação é claro que a gente fica feliz”, completa.


Doe+Vida
Conversar com a família e deixá-la ciente sobre sua vontade de ser um doador de órgãos e tecidos é sempre importante. Isso facilita todo o processo. Se houver dúvidas sobre como funciona a doação de órgãos, clique aqui para entender melhor. E, sabendo como funciona o processo, você pode declarar o desejo de ser um doador de órgão e tecidos e ainda compartilhar esta ideia. Acesse o www.doemaisvida.com.br e cadastre-se!

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