19/09/2012
Quatro irmãos gêmeos são envolvidos em transplantes de rins
A doação de órgãos e tecidos é um gesto de amor ao próximo e uma atitude que salva vidas. Alguns órgãos podem ser doados em vida, como o rim, uma parte do fígado, do pâncreas ou do pulmão, ou um tecido como a medula óssea. Assim, é mais uma fonte de esperança para as pessoas que aguardam por uma chance de ter uma vida normal e saudável.
E essa foi a chance dos irmãos gêmeos univitelinos Fábio e Fabiano Gomes da Silva, de 35 anos. O diagnóstico de uma doença crônica nos rins levou a família do desespero ao alívio em um ano. Fábio foi encaminhado para um cardiologista porque estava com a pressão alta. Após alguns exames, foi detectado o problema renal. Fabiano também foi aconselhado a procurar um médico, já que apresentava sintomas semelhantes, e teve o mesmo diagnóstico.
Com apenas 15% do funcionamento renal, os irmãos receberam a notícia de que precisariam de um transplante com urgência. Mas os doadores compatíveis estiveram ao lado deles durante toda a vida. As irmãs dos gêmeos, Luciene e Suzane, que também são gêmeas, passaram por avaliações e decidiram fazer a doação.
Fábio receberá o novo rim no dia 20 de setembro. O transplante de Fabiano ainda não tem data definida. E enquanto aguardam as cirurgias, os irmãos seguem uma alimentação regulada, ingerindo pouca quantidade de proteína e potássio, substâncias que se acumulam no sangue de portadores de insuficiência renal e provocam indisposição, náusea, vômito, pressão alta e outras alterações.
A expectativa da família é que todos se recuperem bem e continuem suas vidas com muita saúde, após esse gesto de amor que uniu ainda mais os irmãos.
As doações entre pessoas vivas são autorizadas somente para cônjuges ou parentes até 4º grau (pais, irmãos, netos, avós, tios, sobrinhos e primos), para evitar a comercialização de órgãos. Pessoas com grau de parentesco mais distante ou sem relação consanguínea dependem de uma autorização judicial para a realização do transplante. Estando em boas condições de saúde e apresentando compatibilidade sanguínea, é possível doar. Porém, a doação só ocorre se o procedimento não representar nenhum risco ou problema de saúde para o doador.