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10/03/2013

No interior do RJ, avanço em transplantes também de tecido do músculo esquelético



 O Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu (HTODL) começa 2013 com mais uma conquista para seus pacientes. O Ministério da Saúde concedeu autorização para que a unidade realize a captação e transplante de tecido do músculo esquelético. O credenciamento possibilita que a equipe médica do HTODL ofereça uma assistência ainda mais específica nos casos de perdas ósseas e lesões ligamentares graves. O HTO Dona Lindu é a primeira unidade da rede estadual do Rio de Janeiro a receber a autorização para este tipo de transplante. Inicialmente, o hospital trabalhará apenas com tecidos ósseos, para suprir a demanda das cirurgias ortopédicas realizadas.

O gestor de ortopedia do HTO Dona Lindu, o médico Marco Antônio Rocha, fala sobre a importância da conquista.

Qual é o impacto desse procedimento para a população já que é o primeiro hospital da rede estadual a possibilitar esse transplante do tecido do músculo esquelético?

MARCO ANTÔNIO: É uma grande conquista para a nossa instituição e para nossos usuários. A possibilidade de a gente vir a usar o tecido do músculo esquelético como forma de transplante nos abre uma série de possibilidades, ou seja, muitas cirurgias em ortopedia necessitam de grandes invasões, muitas vezes é necessário retirar enxerto, fazer procedimentos adicionais. Com o uso dos transplantes, esse tipo de agressão ao paciente diminui. A gente passa a ter a oportunidade de fazer cirurgias mais complexas, de tratar defeitos mais graves, utilizando esses tecidos de banco.

Ao diminuir esses procedimentos mais agressivos reduz também a chance de rejeição?

MARCO ANTÔNIO: Na verdade, o que falamos de rejeição para transplantes é um pouco diferente com relação ao tecido do músculo esquelético. Nos transplantes convencionais, em que usamos órgãos, os pacientes no pós-operatório muitas vezes têm que ficar tomando medicação imunodepressivas para que não haja esse tipo de rejeição. No transplante músculo-esquelético, ele é usado como enxerto, ou seja, ele é usado para ocupar o espaço para substituir uma função, mas ele não é utilizado vivo, então, a chance de rejeição é menor. Em relação à cirurgia convencional, muitas vezes quando falamos em rejeição está relacionado à infecção. Quando a gente vai fazer uma abordagem menor ou poupar uma outra abordagem no paciente, nós diminuímos todos os tipos de infecção. Mas há o risco de infecção, como em toda cirurgia com relação à transfusão de sangue. Sempre há o risco de contágio de doenças infecciosas, mas isso é muito diminuído pelo protocolo que nós cumprimos, com todos os exames necessários.

A gente sabe que esse hospital, no final do ano passado, completou mais de 106 mil atendimentos, entre cirurgias, exames e consultas. E essa conquista do Rio de Janeiro também precisa contar com a sensibilização das pessoas para dar certo porque é necessário que sejam feitas doações, não é isso?

MARCO ANTÔNIO: Com certeza. Na verdade, a gente só consegue fazer a captação quando o indivíduo é doador. No caso do tecido do músculo esquelético existem duas formas de doação: no paciente falecido e no doador vivo. No caso de uma pessoa que tem artrose, vamos substituir aquela junta e colocar uma articulação metálica, e a articulação que a gente retira poderá ser utilizada para transplante no futuro. Mas a pessoa também precisa ser doadora.

Ligue 155 - disque transplante

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