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PROGRAMA ESTADUAL DE TANSPLANTES
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06/01/2015

Transplante: entenda o dia a dia do paciente após a cirurgia



Se a doação de órgãos e tecidos é um processo que depende da solidariedade do outro, essencialmente do consentimento das famílias de pacientes que tiveram morte encefálica, a recuperação após o transplante segue outros caminhos. Em muitos casos, o transplantado volta a ter uma vida normal, mas terá responsabilidades a cumprir. O coordenador do Programa Estadual de Transplantes, Rodrigo Sarlo, explica que o cuidado mais importante será com as medicações imunossupressoras, que ajudam a impedir a rejeição ao órgão recebido. “Isso exigirá uma disciplina ímpar do paciente, que não poderá atrasar o horário dos remédios prescritos pelo médico”. Confira a entrevista completa.

Programa Estadual de Transplantes: Como é feita a recuperação imediata no pós-transplante?

Rodrigo Sarlo: Os primeiros dias são os mais importantes no pós-operatório do transplante, já que representam a adaptação do organismo ao novo órgão. Nos primeiros dias, o paciente ficará internado na unidade hospitalar sob cuidados especiais e multidisciplinares. A evolução dependerá de cada organismo e, claro, da condição clínica prévia em que o paciente foi submetido ao procedimento.

PET: Quais são os cuidados necessários durante a recuperação hospitalar?

Rodrigo Sarlo: O cuidado mais importante será em relação às medicações imunossupressoras, ou seja, aquelas responsáveis por reduzir a imunidade do paciente, com o objetivo de impedir a rejeição ao órgão transplantado. Isso exigirá uma disciplina ímpar do paciente, que não poderá atrasar o horário dos remédios prescritos pelo médico. Como nos primeiros dias a imunossupressão é mais intensa, recomenda-se o uso de máscara e evitar contato com doenças contagiosas, como doenças virais, por exemplo.

PET: Geralmente, o paciente recebe alta hospitalar quanto tempo depois da realização da cirurgia?

Rodrigo Sarlo: A alta pode variar de poucos dias a algumas semanas, dependendo da condição clínica prévia, do tipo de transplante e da recuperação pós-operatória.

PET: O transplantado precisa ter algum cuidado específico com a saúde após o transplante? Que tipo? Por quanto tempo?

Rodrigo Sarlo: É necessário o uso disciplinado das medicações, sem que haja atraso. O paciente fará uso dos imunossupressores indefinidamente. É necessário o comparecimento às consultas médicas de rotina e realização de exames periódicos, conforme orientação do médico.

PET: Como é feito o acompanhamento deste paciente após o transplante?

Rodrigo Sarlo: Acompanhamento ambulatorial, ou seja, através de consultas periódicas, de acordo com a necessidade de cada paciente. Realização de exames de rotina e sempre que houver suspeita de alguma complicação, como infecções por exemplo.

PET: É necessário que o paciente tome remédios por toda a vida? Por quê?

Rodrigo Sarlo: Sim, para que não haja rejeição, uma vez que o órgão transplantado é proveniente de outra pessoa, com diferente “identidade genética”.

PET: A que tipo de complicações o transplantado está exposto após o procedimento? Como combatê-las?

Rodrigo Sarlo: As principais são as infecciosas, uma vez que para evitar a rejeição, o tratamento consistirá em reduzir a imunidade. Infecções virais e bacterianas estão entre as mais comuns e os sintomas variam de acordo com o tipo de infecção. O paciente será orientado e acompanhado pelo seu hospital e médicos responsáveis.

PET: O transplantado pode levar uma vida normal após o transplante?

Rodrigo Sarlo: A grande maioria dos pacientes experimenta uma nova vida após o transplante. Por conta de sua doença, encontra-se com sérias limitações como a necessidade de hemodiálise, por exemplo, no caso da Doença Renal Crônica, com necessidade de realização de três sessões de quatro horas semanais. Já em pacientes com cirrose hepática, há necessidade de internações constantes, por conta do mal funcionamento do fígado ou miocardiopatia dilatada, nas doenças cardíacas. A sensação de bem estar e saúde são notórias, uma vez que o “novo órgão” retoma um funcionamento que antes era insuficiente ou nenhum. Além disso, as atividades domésticas e laborativas são retomadas na maioria dos casos e o único compromisso será com a medicação e acompanhamento clínico rigorosos.

Ligue 155 - disque transplante

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