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04/04/2019

Doação de órgãos e tecidos: você sabe como funciona todo o processo?


Doação de órgãos e tecidos: você sabe como funciona todo o processo?
Um gesto de amor que salva vidas. Esta é uma boa definição para a doação de órgãos e tecidos. Mas para que vidas sejam efetivamente salvas é preciso que se cumpra um processo com várias e importantes etapas que envolvem legislação, equipes médicas e decisões pessoais e difíceis.

Este processo começa com a captação dos órgãos e tecidos de um doador. Quando há um potencial doador com diagnóstico confirmado de morte encefálica, os assistentes sociais trabalham em cima de estratégias humanizadas para acolher e sensibilizar as famílias. Aqui é importante destacar que a legislação brasileira determina que a família é responsável pela decisão.

Não tem valor legal qualquer documento em que esteja registrado o desejo de uma pessoa ser doadora de órgãos e tecidos. Por isso, se este é seu desejo é fundamental que converse com seus parentes.

Captação

Somente após autorização familiar é que a cirurgia de captação dos órgãos e tecidos poderá ser feita e deverá respeitar as seguintes etapas:

• O hospital faz a notificação ao PET, através do 155, de um paciente com morte encefálica (potencial doador).

• A equipe do PET realiza a avaliação deste paciente junto ao hospital e às equipes especializadas (OPO ou CIHDOTT). Caso não haja nenhuma contraindicação clinica para a doação de órgãos, a família é entrevistada.

• Após a autorização são reunidos os resultados de exames gerais (que refletem as funções orgânicas, como Ureia e Creatinina, no caso do rim por exemplo) e exames como sorologias, grupo sanguíneo e HLA (“identidade genética”). Todos os dados são obtidos a partir da coleta de sangue do doador, até esse momento.

• O próximo passo é a transcrição desses resultados no sistema informatizado do Sistema Nacional de Transplantes (SIG) para geração de ranking de potenciais receptores de acordo com critérios específicos de cada órgão. Outros testes de compatibilidade serão realizados, como o Painel de Reatividade de Anticorpos (PRA) e a Prova Cruzada (“Crossmatch”), que consistem na verificação da compatibilidade com os possíveis receptores.

• As equipes de transplante, junto com a equipe do PET, adotam as medidas necessárias para viabilizar a retirada dos órgãos (meio de transporte, cirurgiões, pessoal de apoio).

• Os órgãos são retirados, acondicionados em líquidos específicos e embalados, conversados em hipotermia (gelo) e transportados do hospital onde encontrava-se o doador até os hospitais onde os transplantes serão realizados.

A partir daí inicia-se um corrida contra o tempo. Para cada órgão que pode ser doado – coração, rins, pulmões, fígado, pâncreas, ossos, pele, válvulas e córneas – há um tempo máximo para retirada e preservação fora da circulação sanguínea. Este tempo varia de órgão para órgão.

Sistema Nacional de Transplante

Aqui vale abrir uma espécie de parênteses para explicar que o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é responsável pelo controle e monitoramento do processo doação de órgãos e tecidos e transplantes realizados no país, com o objetivo de desenvolver o processo de captação e distribuição de tecidos, órgãos e partes retiradas do corpo humano para fins terapêuticos.

Para atingir esse objetivo, o SNT realiza ações de gestão política, promoção da doação, logística, credenciamento das equipes e hospitais para a realização de transplantes, definição do financiamento e elaboração de portarias que regulamentam todo o processo, desde a captação de órgãos até o acompanhamento dos pacientes transplantados.

Ainda dentro destes parênteses,, outra observação importante é sobre a lista única. Existe uma Lista Única de Receptores, com vários cadastros separados por órgãos, tipos sanguíneos e outras especificações. Esta lista única vale para todo o país e o sistema é informatizado. Cada órgão tem uma fila específica.

Seja doador

Mas para que isso tudo ocorra e vidas sejam salvas é preciso, como explicamos acima, a autorização da família. Por isso, converse com a sua! Fale sobre a importância da doação e declare o seu desejo de ser um doador de órgãos e tecidos. Pela legislação brasileira, somente a família pode autorizar a doação. Mas no país, o número de famílias que não autorizam a doação ainda é alto. Por isso é tão importante esta conversa com seus familiares.

Além da conversa, há outra forma de declarar seu desejo de ser um doador de órgão e tecidos: por meio do Doe+Vida. Com a campanha Doe+Vida, do Programa Estadual de Transplantes, as pessoas que querem se declarar doadoras podem registrar este desejo virtualmente. No site www.doemaisvida.com.br é possível se registrar no Cadastro Estadual de Doadores de Órgãos. Ao se cadastrar é possível compartilhar esta vontade com seus familiares e ainda compartilhar com os amigos.

Ligue 155 - disque transplante

Secretaria de saúde
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