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Transplante ósseo?

Você, com certeza, sabe que há transplantes de coração, fígado, rins, córneas. Mas já ouviu falar em transplante de ossos? Segundo dados do Programa Estadual de Transplantes (PET), só no ano passado foram realizados 748 transplantes de ossos no Rio de Janeiro. E, ao contrário dos órgãos que podem ser doados, o osso não apresenta nenhum tipo de rejeição.

Este tipo de procedimento é recomendado quando há perda óssea decorrente de tumores, troca de próteses e traumatismo, fraturas não consolidadas, acidentes, além de pacientes portadores de deformidades congênitas, etc.

A captação deve ser realizada em até 12 horas após a confirmação da morte encefálica e um único doador pode ajudar cerca de 30 pessoas. E não pense que há deformação do corpo, pois após a retirada dos ossos dos braços e das pernas são colocados outros de material sintético que irão preservar a aparência do doador.

Quando os ossos são retirados os mesmos são encaminhados para o Banco de Tecidos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Lá eles serão processados em uma área com ar puro para evitar contaminação e, em seguida, serão armazenados a uma temperatura de -80ºC, podendo ser guardados por até cinco anos.

É preciso ter entre 18 e 70 anos para doar os ossos, não ter sido vítima de câncer ósseo, osteoporose ou doenças infecciosas transmitidas através do sangue (hepatite, AIDS, malária). A doação não pode ser realizada por pessoas que possuem tatuagem há menos de um ano, fez uso prolongado de corticoides, acupuntura ou recebe transfusão sanguínea. É importante lembrar que o critério para que o procedimento seja realizado é o mesmo de qualquer doação de órgãos: autorização da família. Portanto, não deixe de conversar sobre o assunto e expressar o seu desejo. 

Você também pode se cadastrar no site www.doemaisvida.com.br e declarar a sua vontade.