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07/04/2021

“A vida convida” é criada em fila de espera por um paciente


Por Nayra Pacheco


O que fazer quando, depois de criar uma campanha de conscientização sobre a doação de órgãos, enquanto esperava por um transplante, o grande dia chega, mas uma bactéria muito resistente põe tudo “por água abaixo”? Foi o que aconteceu com Ricardo Alam, de 62 anos, que lutou por quatro anos contra uma fibrose pulmonar idiopática. Em 2019, ele criou a campanha “A vida convida”, e mesmo após a sua morte, a esposa e psicóloga Rejane Coelho resolveu dar continuidade ao projeto.

“Depois de tudo o que eu vi e vivi, não consegui virar a página e largar o projeto. Continuo por mim, pelo Ricardo, pelas famílias doadoras, pelas pessoas que estão na lista de espera e, também, por aquelas que vão entrar nessa lista e ainda nem sabem. Pois foi assim que aconteceu com ele”, conta a psicóloga.


Com uma vida saudável e sendo praticante de esportes, Ricardo Alam, de 62 anos, não imaginava receber o diagnóstico de fibrose pulmonar idiopática, em 2015. A doença é caracterizada pela cicatrização dos pulmões, impossibilitando os órgãos de se expandirem. Isso causa muita falta de ar e cansaço, mesmo na realização de pequenos esforços, o que acaba exigindo o uso de oxigênio 24 horas por dia.

“Foram muitos tratamentos e consultas médicas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em dezembro de 2018, nos mudamos para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foi quando o Ricardo entrou e permaneceu na fila de transplante durante oito meses até receber a doação”, explica Rejane.

Diante da luta, Ricardo se deparou com a dificuldade que muitas famílias têm, num momento de extrema dor, de pensar na possibilidade de salvar a vida de outras pessoas.

Na ocasião, em seu site, ele contou que “relatos médicos mostravam que campanhas com pessoas de visibilidade nacional impactavam, positivamente, no aumento das doações de órgãos e tecidos.” Assim, o paciente conseguiu o apoio de inúmeros artistas, que gravaram vídeos sobre a conscientização da doação. Angélica, Mateus Solano, Evandro Mesquita, Nívea Maria, Cláudia Abreu e tantos outros se manifestaram em prol da campanha.

Em agosto de 2019, depois de oito meses de espera, Ricardo passou pelo transplante dos pulmões.

“Ele estava em êxtase, extremamente feliz. Apesar de sabermos sobre a possibilidade de não dar certo, nunca imaginamos que vai acontecer, mas pouco mais de 30 dias ele não resistiu”, relata Rejane, explicando que, devido a uma infecção por uma bactéria muito resistente, Ricardo não saiu mais do hospital. “Lembro-me que uma vez ele me falou: ‘você sabe que essa campanha não é para a gente, não é para agora, né?’ Referindo-se ao legado que estaria deixando para as próximas gerações. E é por isso que eu continuo, como eu disse, por mim, por ele e pelos outros”.

É de pessoas assim, que pensam no próximo, que todos nós precisamos. Se quiser conhecer um pouco mais sobre a campanha, visite o site www.avidaconvida.com

Ligue 155 - disque transplante

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