17/08/2012
Doação de órgãos no Brasil esbarra na resistência de familiares
Resistência familiar e um país de dimensões continentais. Esses são, segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), as principais barreiras para o crescimento do processo de captação de órgãos e realização de transplantes no país. Falta de conhecimento e motivos religiosos também causam ainda uma certa rejeição sobre o tema. No entanto, apesar das dificuldades, a aceitação vem evoluindo: nos últimos dez anos, subiu de 15% para 57% das famílias favoráveis à doação de órgãos e tecidos.
Questões como essas vêm atrapalhando o sistema de doação e, consequentemente, afetando aqueles que aguardam um órgão para melhorar sua qualidade de vida ou até mesmo salvá-la.
As grandes dimensões do país dificultam tanto o transporte dos órgãos quanto a divisão de profissionais qualificados entre as regiões. São esses profissionais que informam às famílias dos pacientes com morte encefálica sobre a possibilidade da doação de órgãos e tecidos. Nos próximos meses, o Ministério da Saúde vai criar centros tutores em transplantes, para que as instituições com mais experiência capacitem as equipes mais novas.
É fundamental ficar por dentro do que acontece nesse processo e compartilhar informações com os familiares e amigos. Assim é possível ajudar a evitar que a falta de esclarecimentos atrapalhe uma doação. Também é importante reforçar sempre a sua intenção em ser um doador de órgãos. Afinal, somente sua família poderá fazer com que a sua vontade seja cumprida.
