06/07/2015
SUS fará transplante de medula óssea para tratar pessoas com doença falciforme
O transplante de medula óssea para a doença falciforme poderá ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A novidade será disponibilizada após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que debateu o assunto com especialistas e diversos segmentos da sociedade por meio de consulta pública. O Sistema Nacional de Transplantes tem até 180 dias, que começaram a ser contados no último dia 1º – data da publicação da portaria nº30 no Diário Oficial da União – para incluir a doença falciforme em seu regulamento técnico, de forma a garantir o acesso gratuito dos portadores que se encaixarem em critérios definidos.
A falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, com aproximadamente 3,5 mil novos casos por ano. O Ministério da Saúde estima que, no Brasil, de 25 a 50 mil pessoas tenham a doença, que age deformando o glóbulo vermelho e causando má circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo. Com o transplante, as células doentes são substituídas, evitando expor o paciente aos riscos de transfusões contínuas.
Os principais sintomas são anemia crônica, icterícia (cor amarelada na parte branca dos olhos), inchaço nas mãos e nos pés e dor intensa nos punhos e tornozelos, crises de dores em músculos, ossos e articulações. Na maioria das vezes, a doença se manifesta após os seis meses de vida do bebê, sendo o Teste do Pezinho a melhor forma de diagnóstico. O transplante é a única opção de cura da doença e, para muitos pacientes, a única chance de sobreviver.